sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Cartas de Lisboa | Vayeira



Vayeira

A história de Sodoma, a malvada metrópole que acabou por ser destruída, é contada na Parsha desta semana.



Antes de D-us destruir Sodoma, os planos iminentes para a sua destruição são confidenciados a Abraão. O que se segue é um diálogo fascinante, a par e passo de uma negociação, na qual Abraão implora a D-us que volte com a sua palavra atrás.






Na Parsha da semana passada, há uma outra conversa em que D-us prediz a Abraão os seus planos futuros, o exílio e o caminho futuro do povo judeu, descendente de Abraão.


No entanto, ao contrário da nossa Parsha, nesse caso há apenas o silêncio.


Dom Abarbanel, bem como outros comentaristas, levantam uma questão gritante:

- Por que é que Abraão só rogou a D-us pelo bem-estar da população de Sodoma?

Por que não pedir a D-us que reconsiderasse no caso das dificuldades que a sua própria família teria de enfrentar?





Explica Dom Abravanel, que a família de Abraão era uma família com uma missão. Uma tarefa e um objectivo englobando elementos espirituais e físicos.

Para que os seus filhos se tornassem no povo judeu, o foco teria de ser não só em questões de ideias físicas e materiais, mas muito mais ainda, em assuntos do foro espiritual.




Com isso em mente, as ações de Abraão são mais fáceis de compreender. Quando falou sobre Sodoma, e o castigo que receberiam, Abraão imediatamente fala abertamente.

Ao ouvir sobre o exílio e tribulações dos seus filhos no entanto, Abraão entende que esse não é mais que o plano de D-us. Para uma nação voltada para o corpo e o espírito como uma unidade, os desafios temporários (físicos), não o iriam levar ao desânimo.




Shabat Shalom!
Cortesia do Rabbi


Eli Rosenfeld
chabadportugal.com



Imagens:
Bartolomé Esteban Murillo
O Sacrificio de Isaac  - Rembrandt

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