sexta-feira, 2 de maio de 2014

Cartas de Lisboa | EMOR




Pirkei Avot Capítulo 2



A importância do estudo da Torá é um dos temas frequentemente repetidos em Pirquei Avot.



No capítulo desta semana, é-nos apresentada a afirmação de Rabban Gamliel: 

"Qualquer estudo da Torá que não seja acompanhado de trabalho em última análise não terá continuidade.” 
(Capítulo 2, Mishná 2).




À primeira vista este Mishná parece querer dizer que ter uma ocupação, ou seja trabalho, é o que nos permite continuar o nosso estudo.





Ainda que este pareça um conselho de natureza prática, fica a questão de saber qual é a relação que realmente existe entre estudar a Torá e a necessidade de trabalhar.

Na melhor das hipóteses parece que “trabalho” deve ser encarado como um instrumento que nos permite continuar a estudar.

Dom Abarbanel, no seu comentário, redefine a palavra “trabalho” na Mishná, ao colocar o ónus de trabalhar com o mestre que nos ensina a Torá. Ensinar, diz ele, é algo que não se consegue apenas de forma passiva.

Um mestre, deve “trabalhar” no sentido de empregar os métodos mais eficazes para estabelecer uma ligação como os seus discípulos. De outro modo a aprendizagem “não terá continuidade”.






Para que o estudo da Torá continue e tenha um impacto constante naqueles que a estudam, é da responsabilidade dos que ensinam “trabalhar”, para garantir que as nossas tradições sejam transmitidas de forma adequada e de modo a que nos continuem a guiar através dos tempos.






Shabat Shalom!
Cortesia do Rabino


Eli Rosenfeld
chabadportugal.com


Fonte das pinturas:
(Albert Benaroya)

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