quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Histórico Romântico de Elena Flerova!





Nascida em Moscovo, na União Soviética, em 1943, Flerova graduou-se com honras no prestigiado Instituto Surikov de Belas Artes em 1969. O seu trabalho de pós-graduação valeu-lhe uma bolsa de estudos na Academia Nacional de Belas Artes, uma escola exclusiva e que admite apenas um número limitado de artistas excepcionalmente talentosos. 




Blessing The New Moon


Ambas as instituições assistiram ao amadurecimento do seu grande talento e foionde estabeleceu autênticas habilidades académicas. Combinado com sua habilidade inerente para criar composições sofisticadas, estão os poderes de Elena Flerova para elaborar obras de arte únicas.


Cheder


À esquerda: Boy in the Field  e à direita: Children on the stairs


As obras da artista homenageada internacionalmente,  capturam o espírito de seus súbditos de forma notavelmente perspicaz nas pinturas monoprint em grande escala e óleos. As suas obras também incluem murais, telas e outros tipos de decoração de interiores para residências e edifícios públicos. Todas elas evocam a mística, a essência e varredura de eventos e fábulas históricas e religiosas.


Blessing on the water


À esquerda: In Shul e à direita: Channukah


A forma como a artista usa a luz e sombra, cor e composição equipara-a com velhos mestres europeus. Todas estas propriedades são eficientemente utilizadas por Elena para transmitir tanto humor como o  movimento em suas pinturas. Ao mesmo tempo, o seu excepcional domínio no fornecimento da presença de vibração na iluminação relaciona-a com um estilo impressionista. 



Coming New Torah

Kissing the Torah I


Kissing the Torah II


A artista abstém-se de quaisquer esboços preparatórios e começa a trabalhar diretamente com pincel e tela. Esta liberdade a distingue de uma maneira favorável da maioria dos realistas contemporâneos que trabalham de uma forma menos dinâmica. Flerova é uma pintora mas já escreveu um livro que foi premiado, ilustradora de revistas, aquarelista e gravurista. 


Candy for the kids


Family Time


À esquerda: The Jewish e à direita: Area Leaving Shul


Ao longo da sua carreira profissional, Elena Flerova tem sido reconhecida como uma talentosa excepcional. Ela fez várias exposições na Europa e América do Norte. Os seus trabalhos têm sido mostrados em mais de 80 exposições nacionais e internacionais e recebeu diversos prémios e honrarias. As pinturas de Elena Flerova estão distribuídas por muitas colecções particulares nos Estados Unidos e no exterior.

In the Forest I


In the Forest II e III


Laila Tov Lekulam!

Irmão Richard G. Cannuli, O.S.A.
Chefe do Departamento de Arte e História da Arte
DirectoriCurator, Villanova University Art Gallery

Fonte:

terça-feira, 30 de julho de 2013

Desenhador, Pintor e Escritor - Um judeu dedicado à arte!

Ira Moskowitz
Pintor e desenhador polaco/americano 
|1912-2001|


Ira Moskowitz descende de uma longa linha rabínica. Nasceu na Galícia, Polónia, e em 1914, com dois anos de idade, foi com a sua família para Praga, capital da Boémia, então sob administração do Império Austro-Húngaro. Ira recebeu a sua primeira educação em Praga, e em 1927, quando Praga era a capital da então Checoslováquia, emigrou com a família para Nova Iorque. Ainda em 1927, já em Nova Iorque, Moskowitz tornou-se aluno de Henry Wickey na Art Students League, depois de ter finalmente resolvido o conflito entre a paixão pelo desenho e o desejo de seguir a profissão rabínica dos seus antepassados.



Em 1935 viajou para Paris e depois para a Palestina (então sob mandato britânico), onde viveu até 1937. Em 1938, regressou a Nova Iorque, onde casou com a artista Anna Barry.

"Portrait of Singer" by Anna Barry - Oil on canvas, 1980.





Durante a sua estadia na Europa estudou as obras dos velhos mestres, um interesse derivado do seu primeiro professor que eventualmente foi o que o levou a uma colaboração activa em 1954, na série de quatro volumes,


"Grandes Desenhos de Todos os Tempos".




Em 1939, Moskowitz fez sua primeira viagem ao México, onde ficou seis meses. Em 1943 recebeu uma bolsa da Fundação Guggenheim e mudou-se para o Novo México; lá permaneceu por sete anos, desenhando os índios e tornando-se um membro activo do grupo Taos-Sante Fe artists. O seu livro "Padrões e cerimoniais dos índios do sudoeste", foi editado em 1949. 



A partir de 1962, Moskowitz dividia o seu tempo entre Paris e Nova Iorque. O artista foi um desenhador soberbo, desenhando com uma linha rápida, nervosa, mas incisiva, extremamente animada e cheia de movimento. Retratava uma forma de vida que via ao seu redor: formas naturais, a figura humana, paisagens e pessoas nas suas tarefas diárias.


Casamento Judaico 


Esta é uma série de quatro pinturas exibidas no Museu Spertus em Chicago, bem como no Museu da Universidade Yeshiva, em Manhattan. Nesta peça dramática e expressiva, o artista retrata a luta armada do IDF para libertar o Kotel.


Estratégias


A guerra dos seis dias


Libertação do Kotel


Kotel Recapturado 



Fontes:




sábado, 27 de julho de 2013

Shacharit, a sua origem e o seu significado.



Shavua Tov!


Pintura de Zvi Raphaeli




O que é o Shacharit?

Shacharit (em hebraico: שַחֲרִת) é a Tefilá (oração) diária da manhã do povo judeu, um dos três momentos de oração do dia.
É o maior serviço diário, incluindo várias orações, mais do que os outros serviços do dia (Minchá e Maariv).

Atribui-se o estabelecimento do Shacharit ao patriarca Abraão quando orava pela manhã. A oração é feita no lugar de sacrifício de animais, conforme estabelecido pelo profeta Oséias em Oséias 14, "e ofereceremos como novilhos os sacrifícios dos nossos lábios", para ainda cumprir o mandamento bíblico (mitzvá) de servir a Deus.

Há cinco componentes principais do Shacharit: Pesukei dezimra, o Shema e suas bênçãos, a Amidá, Tachanun e as bênçãos finais. Em certos dias, há orações e serviços adicionais acrescentados ao Shacharit, incluindo o Mussaf e um serviço da Torá.


Segundo a tradição, o shacharit foi iniciado por Abraão. Isto pode ser encontrado em Gênesis 19:27, que diz: "E Abraão levantou-se aquela mesma manhã, de madrugada, e foi para aquele lugar onde estivera diante da face do SENHOR". Neste versículo, "estivera" refere-se a "orou".

O nome de "shacharit" vem da raiz hebraica shachar (שחר), que significa "amanhecer" ou "manhã".



Os sábios da Grande Assembleia padronizaram muitas das orações do Shacharit e reuniram-nas no siddurim. Os dizeres das orações variam entre congregações e grupos do judaísmo.


Pintura de Zvi Raphaeli


Informação complementar:


Fonte: 

Dia 20 de Av 5773 - Ontem na nossa história em 1558


Publicação do livro Zôhar (1558)


Primeira publicação do Zôhar, obra fundamental da Cabalá (ensinamentos esotéricos e místicos do judaísmo), escrito pelo sábio Talmúdico, Rabi Shimon Bar Yochai.

Fontes:



Ver mais em:


O dia de Ontem na história Judaica - 20 Av 5773



Falecimento de Rabi Levi Yitzchak Schneerson (1944)


Falecimento de Rabi Levi Yitzchak Schneerson (1944) Dia 20 de Av é o yartzeit (data de falecimento) do pai do Rebe, Rabi Yitzchak Schneerson (1878-1944), em Alma Ata, Cazaquistão. Rabi Levi Yizchak foi Rabino Chefe de Yekaterinoslav (atualmente Dnepropetrovsk), e foi preso e exilado para o Casaquistão pelo regime stalinista como consequência de seu trabalho em preservar a vida judaica na antiga União Soviética.



Fonte:


Ver mais em:

quinta-feira, 25 de julho de 2013

זהר



O Zohar (em hebraico זהר, "esplendor") é considerado como um dos trabalhos mais importantes da Cabalá, no misticismo judaico.

Uma das primeiras edições do livro


A obra trata de comentários místicos sobre a Torá (os cinco livros de Moisés) escritos em aramaico e hebraico medieval. O Zohar contém uma discussão mística sobre a natureza de Deus e considerações sobre a origem e estrutura do universo, a natureza das almas, pecado, redenção, o bem e o mal, e diversos temas relacionados.

O Zohar não é um livro, mas um grupo de livros. Estes livros incluem interpretações bíblicas assim como matérias sobre teologia, teosofia, cosmogonia mística, psicologia mística, e também o que alguns poderiam chamar de antropologia.


The Zohar: Bringing the Universe Closer Together


O Zohar teria aparecido primeiro na Espanha, no século XIII, e foi publicado por um escritor judeu, o rabino Moisés de León (Moshe ben Shem-Tov).  De León atribuía o trabalho a um rabino do século II, Shimon bar Yochai, que foi uma verdadeira lenda judaica durante a época da perseguição romana. Dizia-se que o rabino Shimon ter-se-ia escondido em uma caverna por 13 anos, estudando a Torá com seu filho, Eleazar, 2 e que, durante esse tempo, o rabino fora inspirado por Deus para escrever o Zohar. A obra teria permanecido oculta durante muitos séculos, tendo sido publicado somente no Século XIII, por Moshe de León.


Busto em Guadalajara (Espanha) de Moses de León, filósofo e rabino judeu do século XIII, autor do Zohar, realizado pelo artista Luis Sanguino.


Porém, um historiador do século XX, Gershom Scholem, com base em contos contemporâneos de De León e em evidências contidas nos textos do Zohar (sintaxes do idioma espanhol, por exemplo) concluiu que De León teria sido o seu verdadeiro autor. As suspeitas surgiram pelo fato de o Zohar se referir a eventos históricos de um período pós-talmúdico, embora supostamente o texto fosse de uma época anterior. Isto fez com que a autoria fosse questionada desde o início.



Segundo a tradição, após a morte de Moisés de León, um homem rico de Ávila, chamado Joseph, ofereceu à viúva de Moisés de León - que não tinha nenhuma forma de sustento, após o falecimento do marido - uma grande soma de dinheiro pelo original da obra, do qual seu marido havia feito uma cópia. Então, ela teria confessado que seu marido era mesmo o autor do trabalho e que, por várias vezes, ela havia perguntado o porquê de ele creditar os próprios ensinamentos a outro. O marido sempre respondia que as doutrinas de Shimon bar Yochai, se colocadas publicamente, poderiam ser um trabalho milagroso e também uma rica fonte de lucros. 


Shimon bar Yochai


E ficamos por aqui com esta dúvida, mas com uma certeza, independentemente do seu verdadeiro autor, é uma obra de inestimável valor espiritual!


Fontes:




quarta-feira, 24 de julho de 2013

Midrash da Parashat Êkev!


A  plena aceitação  das Mitsvot

Pintura de Carole Spandau


A Torá exortou cada indivíduo a aceitar D’us como o Único Mestre, a amá-Lo, estudar Sua Torá e cumprir as mitsvot de tefilin e mezuzá.

Dessa vez,(11:13-21) Moshê insiste com toda a comunidade a aceitar todas as mitsvot de D’us. Ele prometeu recompensa pela fiel observância das mitsvot e ameaçou com castigos, em caso de transgressão.

A Torá exorta cada indivíduo a aceitar D’us da melhor maneira que sua capacidade o permitir. Entretanto, a secção onde D’us promete recompensa sobrenatural (chuva e prosperidade) pelo cumprimento das mitsvot, e punição (seca e exílio) por seu abandono, está escrito no plural, implicando que estas sanções universais e benefícios são conferidos somente em resposta às acções da maioria (Ramban).

Comentaristas explicam que realmente ocorrem algumas formas no singular no Shemá para indicar que, mesmo dentro da comunidade em geral, D’us confere justiça individual. "Se servirem a D’us com toda sua alma e coração, Eu farei minha parte," diz D’us.



"Dar-lhes-ei a chuva em sua Terra nas estações apropriadas, a chuva de outono em Marcheshvan e a chuva da primavera em Nissan, para que sua produção cresça e vocês colham cereal, vinho e azeite."

Por isso, o versículo declara: "Eu mesmo dar-lhes-ei chuva, se cumprirem Minhas mitsvot."

D’us não confia permanentemente as chaves aos três assuntos vitais aos anjos, mas as mantém com Ele mesmo.


A chave da chuva (subsistência)
Procriação
Techias hamaisim.



Chôfets Chaim explica: Se um anjo fosse escolhido para designar aos seres humanos sua parnassa (meio de subsistência), e percebesse aqueles que não servem a D’us apropriadamente, poderia subsequentemente tirar-lhes o sustento, ou pelo menos boa parte dele. Como resultado, centenas de milhares de pessoas morreriam todos os dias. O próprio D’us, portanto, é a fonte de toda misericórdia e sustenta todas as criaturas, mesmo as que não são merecedoras.

Similarmente, um anjo condenaria à morte grande número de mulheres dando à luz, porém D’us é paciente e concede perdão. D’us Ele próprio trás cada criança, neshamá, ao mundo, trazendo mais luz e felicidade ao mundo.

Finalmente, se um anjo tivesse que determinar quem deveria erguer-se em techiat hamaitim (ressurreição dos mortos), ele excluiria grande parte dos judeus que não estudaram Torá. D’us, entretanto, decidirá por Si mesmo, e em Sua misericórdia achará mérito para estes judeus; Ele poderá considerá-los dignos de techiat hamaisim porque sustentaram eruditos a fim de que não interrompessem seu estudo de Torá.

A Torá é tão difícil de ser adquirida quanto o ouro, e tão fácil de se perder quanto o vidro, que se quebra caso não seja tratado cuidadosamente.

Assim como a pessoa é cuidadosa para não perder seu dinheiro, da mesma forma deve tomar cuidado para não perder a Torá que estudou (negligenciando as repetições).
Com que frequência a pessoa deve rever aquilo que aprendeu?

Nossos sábios ensinaram que: "Aquele que reviu 101 vezes, a sua aprendizagem vale incomparavelmente mais que aquele que o fez apenas 100."

101 vezes não é, porém, o número máximo: não há limite para a revisão.








Certa vez o Sha’agas Aryeh (contemporâneo do Vilna Gaon) pediu que lhe fosse preparada uma refeição festiva...




Pintura de Ilya Shenker 


…"Qual é a ocasião?" perguntaram-lhe. E ele respondeu:


 "Acabei de completar o Talmud Bavli pela milésima vez."


Fonte: